domingo, 16 de novembro de 2008

As CEB's contra a vida


Que católico que nunca ouviu falar nas CEB’s, Comunidades Eclesiais de Base? Pois é, além de apoiarem as invasões de terra alheia, contrariam o ensinamento bimilenar da Igreja, incentivando o aborto de crianças com anencefalia. Eis alguns trechos de “Anencefalia na perspectiva de fé e ética”, de autoria de Cláudio van Balen, teólogo e frei carmelita (!!!!!!):

“A ética, estimulada por cidadania e pela fé, orienta na elaboração de respostas às interrogações do mundo contemporâneo. É ausência de lucidez avaliarmos fatos através de uma religiosidade retrógrada ou de uma ciência bitolada e preconceituosa. A ética remete à consciência dessa responsabilidade de imprimir dignidade ao viver, inclusive assumindo a morte. A anencefalia - ausência de um hemisfério cerebral ou de ambos - e a morte cerebral - estado de perda irreversível das funções do córtex e do tronco cerebral – impossibilitam as funções de relação. Cessa a ventilação pulmonar, a pressão arterial, o reflexo ocular motor, a respiração, a temperatura, a homeostase bioquímica. Impõe-se a morte clínica.
Eticamente é importante reconhecer, quanto antes, essa situação. Do contrário, se cria uma situação de estresse familiar, nutrindo falsas esperanças. Em gestações de crianças anencefálicas, a mãe funciona como um aparelho ligado até o momento do parto. Há, aqui, um problema ético.
Interromper essa ligação é uma opção ética, um gesto de fé adulta pois, se não for feito, a mãe e a família se vêem obrigadas a um sofrimento perverso e a um gasto financeiro inútil e prejudicial ao bem comum.
Nesse caso, a interrupção da gravidez nada tem a ver com aborto, pois a vida não existe sem a mãe-aparelho. Ao se proibir tal recurso, o feto é impedido de despedir-se de uma vida que já não existe, o que implica desrespeito para com a mãe, sendo tratada como simples objeto sem dignidade nem direito. Parece que, então, a mãe é reduzida a sepulcro de seu próprio feto. Segundo consta, não há nenhum registro de criança acometida de anencefalia, cujo coração bata, maquinalmente, por mais de algumas horas ou de alguns dias após o parto (será que ele nunca ouviu falar da menina Marcela, que faleceu com quase dois anos?)
. Cabe a pergunta: Por que é preciso aguardar nove meses? Em nome de quê e de quem negar o óbvio? Nesse caso, não há vida humana possível; a sobrevida é sempre artificial e penosa para a mãe, a família, a equipe de saúde e a própria sociedade”.

Não é por nada não, mas por que cargas d'água a mãe desse fulano não o abortou? Pelo menos a Igreja se veria livre de um cidadão que pode ser tudo, menos cristão! Teólogo? Mas que teólogo é esse que nem se deu ao trabalho de ler o dicionário? Como assim “a interrupção da gravidez nada tem a ver com aborto? Claro que tem! O aborto, segundo o Aurélio, é definido como:

“Interrupção dolosa da gravidez, com expulsão do feto ou sem ela.”

Rejeita escancaradamente o quinto mandamento, mas como é das CEB’s, deve ser defensor de bandido estuprador e assassino, além de ser amigo dos vermelhos invasores de terra alheia!

“De fato, há um grave problema social: um profundo desconforto familiar e um desgaste desnecessário no trabalho infrutífero dos agentes de saúde”.

Problema social? Como essa gente é insensível à dor de tantas famílias! Essa arraia-miúda só sabe falar no social, se preocupa somente em encher o bucho do povão, e se esquece de que é por causa desse discurso “engajado” que muitos deixaram a Igreja! Que conversinha insuportável!
Não foi o Senhor que disse ao diabo que nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus?

“Urge criar uma sensibilidade cristã com cidadania solidária frente a preconceitos emocionais, culturais, jurídicos e religiosos. Urge aprender a respeitar o fluxo natural da vida. Urge não empurrar famílias para um mar de sofrimento, que não gera benefícios. Ninguém tem direito de expor ao ridículo a limitação do ser humano. Não há motivo para encobrir a realidade com prepotência jurídica e religiosa, espelhando irresponsabilidade na prática da fé cristã e no exercício da cidadania”.

É pelo exercício da cidadania que a prática cristã é mandada às favas? A caridade vai para o saco? Isso é demagogia pura! Politiquice da pior espécie! Que raio de “sensibilidade cristã” é essa, que acha melhor assassinar crianças sem culpa de terem sido geradas com alguma malformação?
Frei Cláudio recomenda, cinicamente: “Urge aprender a respeitar o fluxo natural da vida.” Respeitar desse jeito, interrompendo a vida?
Se for para ter sensibilidade cristã dessa qualidade, prefiro um milhão de vezes ser ateu.
Não recomendo a leitura do texto completo, mas se quiser, ele encontra-se em:
http://www.cebsuai.org.br/content/view/133/36/

2 comentários:

Theophilus disse...

Mandei o link para a Congregação para a Doutrina da Fé e pedi que eles tomassem providências contra este escândalo.
Já fiz a minha parte; se alguém quiser me ajudar e reforçar minha denúncia, por favor enviem carta para o endereço da CDF: cdf@cfaith.va

Evandro Monteiro disse...

Pois eu também o farei!