domingo, 16 de novembro de 2008

Questõezinhas básicas de História e Bíblia

Erro crasso de História do pessoal do CACP:

“Quando Inácio de Loyola fundou a Ordem Jesuíta, uma das primeiras coisas que ele fez foi ir para Jerusalém, a fim de lá estabelecer o seu quartel general, facilitando, desse modo, a entronização do papa naquela cidade. Contudo, o seu plano fracassou. Ele fora um soldado espanhol ferido na guerra Franco-Espanhola, cuja perna foi ferida e ficou defeituosa, o que lhe deixou um complexo de inferioridade, pois, mancando, não poderia conquistar o amor de uma bela mulher. Entrou em profunda depressão e então se voltou para a religião. Começou a ler biografias de santos, teve algumas visões ‘beatíficas’ e dispôs-se a escrever os seus famosos ‘exercícios espirituais’. Fundou a sua Ordem (1536) e foi prostrar-se aos pés do papa, a fim de lhe pedir a bênção, jurando defender o papado, até o final dos tempos. O papa (Pio II) comprou a idéia, deu-lhe a bênção e, assim, foi sacramentada a Ordem religiosa mais fanática, perigosa e destruidora que o mundo já conheceu.”

Depois de ler o texto acima citado, eis que surgem certas dúvidas a respeito disso: se Santo Inácio de Loyola nasceu em 1491, como ele pôde se encontrar com o papa Pio II, que faleceu em 1464? Será que Santo Inácio apareceu em visão ao papa antes de nascer? Só se for assim, porém outra pergunta que surge é: como alguém pode existir antes de ser concebido? Se não me engano, a alma é criada diretamente por Deus no instante da concepção. Que questão complicada, não é mesmo?
http://www.iacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=1102&menu=2&submenu=8
E o que dizer do texto abaixo, sobre Maria?

“Em declaração na TV Bandeirantes, no dia 20 de dezembro de 1998, intitulado ‘Padre Marcelo - uma história de sucesso’, a mãe do padre Marcelo deu esta absurda declaração acerca de Maria: ‘os católicos não são órfãos, porque possuem uma mãe’. Certamente ela referia-se a Maria, mãe de Jesus. Porém a Bíblia Sagrada, no Evangelho de João diz: ‘E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós. Não vos deixareis órfãos, voltarei para vós outros’. ‘...mas o Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em seu nome, esse vos ensinará todas as cousas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito’. (Jo 14 16-18 e 26). Portanto, o cristão não é órfão, não pelo fato de ter Maria por mãe, mas sim, por ter o Espírito Santo de Deus, como Consolador conforme dizem as Escrituras Sagradas”.
http://www.cacp.org.br/catolicismo/artigo.aspx?lng=PT-BR&article=100&menu=2&submenu=6
Bom, agora “embolou o meio-de-campo”: se a mãe do padre fez uma declaração absurda, ao afirmar que os católicos possuem uma mãe, o que fazer, então, com o seguinte trecho retirado do evangelho de São João?


“Ora, Jesus, vendo ali sua mãe, e ao lado dela o discípulo a quem ele amava, disse a sua mãe: ‘Mulher, eis aí o teu filho’.
Então disse ao discípulo: ‘Eis aí tua mãe’. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa.”.
(João 19, 26-27)

E olha que esta passagem foi extraída de uma bíblia protestante! Já que consideram absurdo dizer que Maria é a mãe dos católicos (e dos cristãos em geral), porque não apagar das Sagradas Escrituras essa passagem ocorrida no Calvário? Assim seria mais coerente com o pensamento do protestantismo. Quando Jesus diz que Maria, daquele momento em diante, passaria a ser a mãe do discípulo amado, isso não se estendia a todos os cristãos?

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